quinta-feira, 19 de abril de 2012

Of Love and fear


De vez em quando leio algo que me inspira e hoje foi este post que me levou a reflectir sobre algo.
Há dias uma Amiga minha contou-me, muito entusiasmada, que ao voltar para casa na noite anterior tinha sido abordada por dois homens (rapazes, vá). O rapaz que começou por meter conversa com ela disse:
- Olha, desculpa, sabes dizer-me qual é o caminho para... o teu coração?

Aparte a frase de engate extremamente "cheesy", o primeiro sentimento que me surgiu foi... medo! Dois desconhecidos, à noite, numa zona "complicada", abordam uma rapariga sozinha... Esta história tem todos os ingredientes para acabar mal e, honestamente, medo é realmente o sentimento que me surge instantaneamente.

Mas a ela... não! Ela disse que estava muito bem disposta, que se começou a rir e acabou por ficar na conversa com eles ainda bastante tempo. Contou-me que, inclusivamente, um deles pratica Reiki e que lhe fez uma leitura da aura ou algo do género (não vou comentar, porque sou extremamente céptica, mas para a minha Amiga este tipo de coisas faz perfeitamente sentido). E eu penso, como é que esta rapariga vai dar conversa a dois desconhecidos no meio da rua, à noite e naquela zona??? A "brincadeira" podia ter corrido muito mal!

Tentei não lhe passar os meus medos (afinal, e felizmente, não aconteceu nada de mal). Disse-lhe apenas, no final, que estava contente que ela tivesse conhecido duas pessoas interessantes, mas que as coisas podiam não ter corrido bem, especialmente naquela zona. Não quero passar-lhe os meus receios, mas efectivamente preocupo-me que lhe possa acontecer algo menos bom...

Esta minha relutância em falar à minha Amiga dos meus medos tem a ver com o que um amigo meu diz, que o sentimento oposto ao Amor não é o ódio, mas sim o medo. Concordo com ele e penso que o mundo precisa de menos medo e mais Amor. Fico preocupada com ela e com a segurança dela, mas tento mentalizar-me que ela é maior e vacinada, sabe os perigos que existem e tenho que confiar que tem discernimento suficiente para avaliar se uma situação representa ou não um perigo. De resto, só me resta rezar para que tudo lhe corra bem.

2 comentários:

  1. Gostei. Do texto do outro blog e do teu. O medo impede-nos de sermos felizes porque nos amarra a fantasmas que têm como objectivo estagnar a nossa vida.

    Mas isto sou so eu ;)

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  2. Alien, verdade verdadinha :)
    Eu ando a tentar libertar-me dos medos que ainda tenho...

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