quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Como ter um casamento feliz


Um casal norte-americano celebra 83 anos de casamento e diz que já ficaram chateados um com o outro, mas nunca discutiram.
Por outro lado, um conjunto de estudos norte-americano diz que discussões tornam os casamentos mais saudáveis.

E agora? Acredito nos estudos ou no casal que tem um casamento há 83 anos? Como dizia o meu professor de Yoga, "a ton of theory equals a gram of practice" (ou, em português, uma tonelada de teoria equivale a uma grama de prática). Acho que, por muito válidos que possam ser os estudos, um casal que está casado há 83 anos tem mais peso, pelo menos para mim.

De qualquer forma, um ingrediente essencial é, de certeza, muito Amor! :) 

4 comentários:

  1. Amor é algo que não existe em relações adultas...

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  2. noiseformind, permite-me discordar :)
    Eu, mesmo já sendo adulta, estive numa relação com muito Amor e vejo pessoas à minha volta em relações cheias de Amor.
    A não ser que, por "relações adultas", te estejas a referir a relações racionais, e não sentimentais, em cujo caso concordo. Mas em relações entre pessoas adultas garanto-te que é bem possível existir Amor! :)

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  3. Para mim amor é antes de mais, muito lá no início, uma palavra perigosa. Pq define um estado, não um conjunto de acções. Como líquido, ou sólido, ou gasoso. Só que Amor pode ser o que as pessoas querem. Pode-se estar feliz por amor ou miserável por amor, portanto não é um estado constante. O maior problema que tenho com a palavra é o facto de assumir uma certa reciprocidade ilimitada. E eu não acredito que seres humanos tenham nada ilimitado neles, especialmente em termos de emoções positivas. Pq para mim uma emoção positiva tem de ser construída. Um sorriso pode ser trabalhado com uma sms, um cumprimento, uma chamada, um banho quente à chegada a casa. Mas Amor é algo tão ilimitado que me parece difícil IRL, no mundo real, conseguir atingir esse estado de forma constante, mesmo quando se passa dia após dia a ver televisão sem dizer nada. E, mais perigosamente do que isso, acho que se torna, para muita gente, em algo de consumo externo, para os outros verem, actos de carinho para que os outros pensem que está tudo muito bem, muito fantástico. Pq se tu já viste pessoas muito apaixonadas, eu já vi pessoas muito apaixonadas em que poucas horas antes eu tinha estado com metade daquele casal na minha cama. E por isso é que Amor me preocupa, pelo exagero da palavra, que pode encobrir uma rendição do trabalho árduo que uma relação essencialmente precisa. Se até eu para manter as minhas amizades interessantes tenho de me familiarizar com novas cozinhas e aceitar novas formas de organizar o jantar, simplesmente dizer que amava alguém e depois aparecer sempre em casa com uma pizza e tal... n sei se fui mais claro...

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    1. O Amor, pelo menos para mim, define um sentimento, não um estado. E, como qualquer sentimento, pode esmorecer até deixar de ser Amor (se bem que há quem diga que o Amor verdadeiro não acaba nunca). Mas concordo que o estado em que ficamos por sentirmos Amor por alguém não é algo constante. E manter o sentimento (quer de um lado, quer do outro) é algo que tem que ser (muito!) trabalhado. Nada é ilimitado e obviamente que é preciso esforço para o Amor não esmorecer, da mesma forma que é preciso cuidar de uma planta para ela não morrer. Podes até, durante algum tempo, "desleixar" essas coisas (se estiveres com muito trabalho ou outro tipo de problemas), mas não convém que isso passe a ser a rotina.

      Quanto às pessoas que falaste que tinham demonstrações de carinho apenas para manter as aparências e que afinal até estavam a meter uns enfeites nos respectivos, a isso chamo falta de carácter e de honestidade e isso não é Amor.

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